sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sistema circulatório

O sistema circulatório é constituído por: coração, vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e vasos linfáticos. É o responsável pela condução, distribuição e remoção das mais diversas substâncias dos e para os tecidos do corpo.











Funções
É responsável por conduzir elementos essenciais para todos os tecidos do corpo: oxigênio para as células, hormônios (que são liberados pelas glândulas endócrinas) para os tecidos, condução de
dióxido de carbono para sua eliminação nos pulmões, coleta de excreções metabólicas e celulares, entrega de excreções nos órgãos excretores, como os rins, transporte de hormônios, tem importante papel no sistema imunológico na defesa contra infecções, termo-regulação: calor, vasodilatação periférica; frio, vasoconstrição periférica. Transporte de nutrientes desde os locais de absorção até às células dos diferentes órgãos.

Tipos de sistemas circulatório

Ausência de sistema circulatório
Certos animais como a
planária (classe Turbellaria, filo Plathelminthes) não apresentam sistema circulatório. Os nutrientes, gases e excretas são transportados por difusão, célula a célula. É eficiente apenas para animais de dimensões reduzidas, com elevada relação S/V (Superfície/Volume). Isso é comum em poríferos, cnidários, platelmintos e nematóides.

Sistema circulatório aberto (ou lacunar)
O sistema circulatório dos
artrópodes e maioria dos moluscos é aberto.
Este tipo de sistema circulatório não apresenta capilares nem veias; um ou mais corações, com 2 a 3 câmaras (aurículas e ventrículos), bombeiam o sangue (
hemolinfa é um nome mais apropriado para este caso, devido ao fato de que não há pigmento na hemolinfa) por um vaso dorsal. O sangue então dirige-se a cavidades chamadas seios ou lacunas na massa visceral ou manto, e volta quando o coração relaxa, através de orifícios chamados ostíolos. É chamado sistema circulatório aberto, porque nem todo o trajeto do sangue é percorrido dentro de vasos.

Sistema circulatório completo
Um sistema circulatório diz-se completo quando o sangue venoso separa-se completamente do sangue arterial.

Sistema circulatório fechado
Um sistema circulatório diz-se fechado quando as células do sangue estão sempre dentro de vasos sangüíneos. Este sistema é composto por um líquido, que leva nutrientes às células e elimina seus resíduos. O líquido, bombeado pelo coração, pode ser incolor, chamado de hemolinfa (presente nos insetos) ou colorido (chamado sangue).
Nos seres humanos o sangue está em circuito fechado formado pelo coração, artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.

Sistema circulatório fechado completo
O sistema circulatório é fechado em todos os seres do subfilo dos
vertebrados (dividido em sete classes, três classes de peixes, e as outras de anfíbios, répteis, aves e mamíferos), exceto nos Ciclostomata (peixe-bruxa e lampreia) além dos anelídeos e cefalópodes, na qual o sangue nunca sai da rede de vasos sanguíneos composta por veias, artérias e capilares.
Os sistemas das várias classes de vertebrados mostram vários estágios evolutivos, sendo que o do peixe é o menos evoluído, e o dos mamíferos e aves são os mais evoluídos.
No peixe, o sistema circulatório é simples; o sangue sai do coração, circula pelas
brânquias (onde o sangue é oxigenado), pelos capilares do corpo, voltando para o coração no final do ciclo. Portanto, o coração do peixe é uma única bomba (composta de duas câmaras).
Nos anfíbios e répteis, há sistema circulatório duplo; o que quer dizer que há dois ciclos pelo qual o sangue passa, um no qual o sangue é oxigenado e outro no qual ele é distribuído pelo corpo. No entanto, nem sempre o coração é totalmente separado em duas bombas. Os anfíbios possuem um coração com três câmaras.
Nas aves e mamíferos (que também apresentam sistema fechado duplo), o coração é claramente separado em duas bombas e é formado por quatro câmaras.

Sistema circulatório nos humanos
O sistema circulatório humano é composto de sangue, sistema vascular e coração.
O coração é o orgão que bombeia o sangue. O sistema vascular é composto pelos vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares. As artérias são os vasos pelos quais o sangue sai do coração. Como a pressão do sangue no lado arterial é maior, comparando com as veias, a parede das artérias é mais espessa. As veias são os vasos que trazem o sangue para o coração, dentro das veias há válvulas que, se o sangue começa a fluir na direção contraria do coração, fecham-se impedindo o refluxo do sangue. Os capilares são vasos microscópicos, com parede de apenas uma célula de espessura e que são responsáveis pelas trocas de gases e nutrientes entre o sangue e o meio interno.
O sangue segue um caminho contínuo, passando duas vezes pelo coração antes de fazer um ciclo completo. Pode-se dividir desta maneira o sistema circulatório em dois segmentos: a circulação pulmonar e a circulação sistêmica.

Circulação pulmonar
A circulação pulmonar ou pequena circulação se inicia no tronco da artéria pulmonar, seguindo pelos ramos das artérias pulmonares, arteríolas pulmonares, capilares pulmonares, vênulas pulmonares, veias pulmonares e desagua no átrio esquerdo do coração. Na sua primeira porção, transporta sangue venoso. Nos capilares pulmonares o sangue é saturado em oxigênio, transformando-se em sangue arterial.

Circulação sistêmica
A circulação sistêmica ou grande circulação inicia-se na aorta, seguindo pelos seus ramos arteriais e na seqüência pelas arteríolas sistêmicas, capilares sistêmicos, vênulas sistêmicas e veias sistêmicas, estas se unindo em dois grandes troncos, a veia cava inferior e a veia cava superior. Ambas desaguam no átrio direito do coração. Sua primeira porção transporta sangue arterial. Nos capilares sistêmicos o sangue perde oxigênio para os tecidos e aumenta seu teor de gás carbônico, passando a ser sangue venoso.

Outras definições
Circulação visceral - É a parte da circulação sistêmica que supre os orgãos do sistema digestivo.
Circulação portal hepática - O sangue venoso dos capilares do trato intestinal drena na veia portal, que invés de levar o sangue de volta ao coração, leva-o ao fígado. Isso permite que este orgão, receba nutrientes que foram extraídos da comida pelo intestino. O fígado também neutraliza algumas toxinas recolhidas no intestino. O sangue segue do fígado às veias hepáticas e então veia cava inferior, e então ao lado direito do coração, entrando no átrio direito e voltando para o início do ciclo, no ventrículo direito.
Circulação fetal - O sistema circulatório do
feto é diferente, já que o feto não usa pulmão, mas obtém nutrientes e oxigênio pelo cordão umbilical. Após o nascimento, o sistema circulatório fetal passa por diversas mudanças anatômicas, incluindo fechamento do duto arterioso e foramen ovale.
Circulação coronária - É o conjunto das artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias próprios do coração. São considerados separadamente por sua importância médica e porque sua fisiologia (modo de funcionamento) apresenta aspectos particulares.


Sistema respiratório



Sistema respiratório é o conjunto de órgãos responsáveis pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída de ar do nosso organismo. Faz as trocas gasosas do organismo com o meio ambiente, oxigenando o sangue e possibilitando que ele possa suprir a demanda de oxigênio do indivíduo para que seja realizada a respiração celular. O processo de troca gasosa no pulmãooxigênio por dióxido de carbono — é conhecido como hematose pulmonar.
Os
órgãos do sistema respiratório, além de dois pulmões, são: fossas nasais, boca, faringe (nasofaringe), laringe, traquéia, brônquios (e suas subdivisões), bronquíolos (e suas subdivisões), diafragma e os alvéolos pulmonares reunidos em sacos alveolares.
Em condições normais de respiração, o ar passa pelas
fossas nasais onde é filtrado por pêlos e muco e aquecido pelos capilares sanguíneos do epitélio respiratório (tecido altamente vascularizado). Passa então pela faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos (lat. pequenos brônquios), depois alvéolos (onde ocorre a hematose).
A função do sistema respiratório é basicamente garantir as trocas gasosas com o meio (hematose), mas também ajuda a regular a
temperatura corpórea, o ph do sangue e liberar água. Os componentes são nasofaringe, laringe, traquéia e os pulmões.
A inspiração e a expiração são processos passivos do
pulmão já que ele não se movimenta, isso fica a cargo do diafragma, dos músculos intercostais e da expansibilidade da caixa torácica, que garante a conseqüente expansão do pulmão graças à coesão entre pleura parietal (fixa na caixa torácica) e a pleura visceral (fixa no pulmão).
O ar inspirado, rico em oxigênio, passa pelas vias respiratórias, sendo filtrado, umedecido, aquecido e levado aos pulmões. No íntimo pulmonar o oxigênio do ar inspirado entra na circulação sanguínea e o dióxido de carbono do sangue venoso é liberado nos aovéolos para que seja eliminado com o ar expirado. O ar expirado é pobre em oxigênio, rico em dióxido de carbono e segue caminho oposto pelo trato respiratório.
A respiração é um processo "semi-automático", que permite a intervenção do sistema nervoso central, mas normalmente é controlada pelo bulbo (que controla a amplitude e frequência da respiração), o diafragma é controlado pelo nervo frênico. O bulbo é sensível às variações de pH do sangue. Ao faltar oxigênio na corrente sanguínea, ocorre um aumento da concentração do ion bicarbonato ( HCO3− , forma na qual ocorre a maior parte do transporte de CO2 no sangue) de caráter ácido, acarretando uma redução do pH e a consequente resposta do bulbo a esta variação, que consiste em aumentar a frequência respiratória.



Vias respiratórias
São assim denominadas as estruturas responsáveis pelo transporte do ar aos pulmões no organismo humano. Essas estruturas são anatomicamente separadas em:
Fossas nasais (nasofaringe)
Faringe
Laringe
Traquéia
Brônquios, subdivididos em:
Brônquios principais
Brônquios lobares
Brônquios segmentares
Bronquíolos (respiratórios e terminais)
Alvéolos
O epitélio respiratório (pseudoestratificado, ciliado, não-queratinizado) é a mucosa que reveste boa parte do trato respiratório, estendendo-se das fossas nasais até os
brônquios. Esse epitélio é reponsável pela filtração, aquecimento, e umidificação do ar inspirado. A filtração é possível graças à presença de muco secretado pelas células caliciformes e dos cílios que orientam seus batimentos em direção à faringe, impedindo a entrada de partículas estranhas no pulmão; enquanto o aquecimento é garantido pela rica vascularização do tecido, principalmente nas fossas nasais.
A
laringe tem importante função ao impedir a entrada de alimento nas vias aéreas inferiores e garantir a fonação. Ela é formada por nove peças de cartilagem: a cartilagem tireóide, localizada anteriormente e em forma de duas placas formando um diedro, esta é a cartilagem da laringe que forma a proeminência laríngea ou pomo-de-adão; inferiormente instala-se a cartilagem cricóide, que possui um formato de anel e conecta-se com a extremidade superior da traquéia; posteriores à cartilagem tireóide está o par de cartilagens aritenóides, que são presas à região supero-posterior da catilagem cricóide; fixas sobre cada cartilagem aritenóide encontra-se uma cartilagem corniculada; anteriores às cartilagens aritenóides e posteriores à cartilagem tireóide encontram-se as duas cartilagens cuneiformes; e por cima da estrutura da laringe se encontra a cartilagem epiglótica, mobilizável pelos músculos da laringe para fechar a epiglote durante a deglutição. Todas essas cartilagens são unidas por tecido fibroso e músculos. As cordas vocais são duas pregas músculo-membranosas presentes na parede posterior da cartilagem tireóide, que aumentam ou reduzem a luz da rima da glote (abertura entre as cordas vocais) produzindo sons durante a passagem de ar.
A traquéia é formada por anéis incompletos de cartilagem em forma de "C", feixes musculares lisos, uma capa interna de epitélio respiratório, e mais externamente de tecido conjuntivo que envolve todas essas estruturas. Inferiormente se subdivide e da origem a dois brônquios que penetram no pulmão pelo
hilo do pulmão.
Os brônquios, à medida que penetram no pulmão, vão sofrendo sucessivas ramificações até virarem bronquíolos terminais.